PENSAMENTO DO DIA

A HUMILDADE PRECEDE A HONRA

PROVÉRBIO DA SEMANA

"O HOMEM JUSTO OBEDECE A DEUS DE TODO O CORAÇÃO E ISSO TRAZ FELICIDADE PARA SUA " PV 20.7

APROVEITE!

ESTAREMOS POSTANDO UMA SÉRIE DE ESBOÇOS E ESTUDOS NO LIVRO DE PROVÉRBIOS, SÃO UMA PARTE DO LIVRO "RIQUEZAS DA SABEDORIA" DE AUTORIA DO PB. OZIEL DOS SANTOS. APROVEITE!

November 12, 2006

ESTUDO SOBRE A PALESTINA

A PALESTINA

1. NOME

O nome Palestina figura por quatro vezes na Bíblia: Êx. 15:13; Is. 14:29, 31 e Joel 3:4. Essa designação geográfica é de origem bastante tardia. Deriva-se dos filisteus, um povo não-semita, proveniente da região do mar Egeu, que veio a estabelecer-se em grande número ao longo das planícies costeiras do Mediterrâneo oriental, durante o reinado de Ramsés III, do Egito (cerca de 1.191 a.C.). Essa região mais tarde veio a ser conhecida pelo nome de Filístia pelo que esses dois termos, Palestina e Filístia, sem dúvida, são cognatos.

No latim, a região chamava-se Palestina. Porém, foi somente já no século II d.C., que o nome da Palestina tornou-se a designação oficial da área; mas até mesmo então também indicava a planície a sudoeste da Fenícia. E daí, passou finalmente a designar a totalidade da região que hoje se conhece como Palestina. O nome mais antigo dessa região era terra de Canaã. Esse último nome parece derivar-se do vocábulo hurriano que significa “ pertencente à terra da púrpura vermelha ”. Esse termo, continuou sendo usado até o século XIV a.C., sem dúvida com referência aos cananeus ou fenícios, que comerciavam com corantes púrpura-avermelhado, fabricados a partir das conchas do Murex, das costas do Mediterrâneo. Tanto as cartas de Tell el Amarna quanto os egípcios chamavam por esse nome toda e região a oeste da Síria.

Um outro nome eminentemente bíblico é Terra Santa. Talvez seja esse seu apelativo mais comum, hoje em dia. Nos tempos helenísticos, Judéia era usado para indicar a área inteira, visto que para ali voltaram os judeus (mormente da tribo de Judá), após o cativeiro babilônico, ao passo que outros hebreus, em virtude do anterior cativeiro assírio, há muito havia sido espalhados entre as nações pagãs, perdendo para sempre a sua identidade. Na verdade, as reivindicações de judeus modernos de que procedem de outras tribos, que não as de Judá, Benjamim e Levi, não podem ser comprovadas. Um outro nome para essa região é Terra de Israel, ou mais simplesmente ainda Israel.

Costuma-se falar sobre a Terra Prometida, que se tornou símbolo de todas as coisas e aspirações boas e celestes. O título Terra Santa foi muito comum durante a Idade Média.


2.GEOGRAFIA E TOPOGRAFIA

É motivo de admiração verificar quão pequeno é o território da Palestina, levando-se em conta o gigantesco impacto histórico e cultural que o mesmo tem exercido sobre a civilização. Em números redondos, a Palestina tem 150 Km. de norte a sul, e uns 70 Km. de largura, em média. Conforme é fácil de calcular, a Palestina é bem menor que o estado brasileiro de São Paulo. Seu comprimento, de norte a sul, tornou-se proverbial dentro da frase “ de Dã a Berseba ”, lugares esses que assinalavam seus extremos norte e sul, respectivamente. Foi durante os governos de Davi e Salomão que Israel atingiu suas maiores proporções territoriais. Então as suas fronteiras estendiam-se até às margens do Eufrates, e até às fronteiras com o Egito, embora isso incluísse povos tributários. Na época, a população não ultrapassaria a casa dos dois milhões de habitantes, incluindo somente os israelitas; e talvez chegasse aos três milhões, se fossem contados os povos tributários.

A Palestina é dividida em duas partes iguais, de norte a sul, por uma linha de colinas que, na verdade, consiste na continuação dos montes do Líbano, da Síria-Líbano. No seu extremo norte, essa cadeia montanhosa tem alguns poucos picos que se aproximam dos mil metros de altitude. Ao descer para o sul, já no distrito da Galiléia, essa serra é intercalada por várias planícies. Entre essas está a famosa planície de Esdrelom, ou Jezreel. Também há colinas, mais baixas, mais ao sul, já dentro dos distritos da Judéia e da Iduméia.

Em Jerusalém, a altitude é de cerca de 760m., pois a cidade encontra-se em um platô, no alto das colinas da região. Também há colinas na área de Samaria, embora mais baixas, com vales espaçosos. Da extremidade norte das colinas da Samaria, segue um espigão na direção noroeste, está a planície costeira de Sarom, com seu ponto culminante no monte Carmelo, cujo sopé é banhado pelas águas do Mar Mediterrâneo. A parte oriental da Palestina consiste em um longo platô, que vai desde o monte Hermom, ao norte, até o monte Hor, em Edom, ao sul.

Quatro Áreas Distintas

1.Planície Marítima: Essa planície vai desde o rio Leontes, ao norte, a oito quilômetros ao norte, de Tiro, até o deserto para além de Gaza, ao sul. O monte Carmelo, entretanto, interrompe esse vale. Apartir do Carmelo, para o sul, até Jope, a região é conhecida como planície de Sarom; e então como Sefelá , desde Jope até o ribeiro de Gaza, na direção sul. Mais ao sul ainda, fica a área conhecida como planície da Filístia.

2.Cadeia Central:Conforme foi dito acima, as montanhas do Líbano internam-se Palestina adentro; e nos distritos da Galiléia, da Samaria e da Judéia há extensões mais baixas dessa cadeia. A Alta Galiléia dispõe de certo número de colinas, algumas das quais entre 600 e 900 m. de altura, ou mesmo pouco mais, e outras chegando até os 1.200 m. de altitude.

A Baixa Galiléia forma um triângulo malfeito, limitado pelo mar da Galiléia e pelo rio Jordão, até Bete-Seã, a leste, e pela planície de Esdrelom, a sudeste. Colinas mais baixas são encontradas ali.

3.O Vale do Rio Jordão:Na verdade esse vale é uma profunda e longa garganta. Desde a altitude de 518m., no monte Hermom, vai descendo rapidamente na direção do mar Morto, que já fica a 375 m. abaixo do nível do mar. E o mar Morto, propriamente dito, é bastante profundo; seu fundo fica a 396m. abaixo de duas superfície, tornando esse o lugar mais baixo à face do planeta. Na verdade, tudo isso faz parte da falha geológica que percorre daí até o mar Vermelho e entra na parte oriental daÁfrica.

4.A Palestina Oriental:Temos aí um extenso platô, a maior parte do qual mantém-se a uma altitude de mais de 900m. Essa área incluía localidades como Basã, Gileade e Moabe. Está dividida por quatro rios: o Iarmuque, o Jaboque, o Arnom e o Zerede. Os dois primeiros são tributários do Jordão. Mas o Arnom e o Zerede deságuam diretamente no mar Morto. Ao sul do mar Morto, fica a Arabá, rica em cobre, que se espraia até Eziom-Geber, no extremo norte do mar Vermelho.

Elevações de Alguns Picos e Locais Notáveis:

- Monte Hermom, 3050 m.;
- Monte Catarina, no Sinai, 2460 m.;
- Jebel Mousa, no Sinai, 2145 m.;
- Jebel et-Tyh, no Sinai, 1312 m.;
- Jebel er-Ramah, 915 m.;
- Hebrom, 824 m.;
- Monte das Oliveiras, 774 m.;
- Safete, 762 m.;
- Monte Gerizim, 732 m.;
- Damasco, 667 m.;
- Tabor, 533 m.;
- Passo de Zefate, 438 m.;
- Deserto de et-Tyh, 427 m.;
- Nazaré, 250 m.;
- Planície de Esdrelom, 140 m.;
- Lago de Tiberíades, 26 m. abaixo do nível do mar;
- Arabá, em Cades, 28 m. abaixo do nível do mar;
- Mar Morto, 375 m. abaixo do nível do mar;
- O fundo do Mar Morto, 771 m. abaixo do nível do mar.

3.ESBOÇO DE INFORMES HISTÓRICOS

Por razões geográficas, a terra da Palestina servia como caminho obrigatório para os povos que passavam do ocidente para o sul; e as forças militares em expansão, naturalmente escolhiam essa rota. Assim sendo, grande parte de sua história é uma indeterminável crônica de invasões e conquistas. No entanto, foi em meio a essa situação sempre perigosa que o propósito divino levou a Palestina a desempenhar um papel tão crucial na história. Por muitas e muitas vezes, os habitantes da Palestina, além do fluxo de fronteiras causado por conflitos intensos, têm sido sujeitados às imposições de potências estrangeiras, algumas distantes dos estreitos limites da região.

1.Antes da Idade de Bronze.

Desde os tempos neolíticos, houve povoados representando um período cru e de baixa cultura. O décimo capítulo do livro de Gênesis informa-nos que Canaã descendia de Cão; e esse é o primeiro informe bíblico acerca da Palestina (ou terra de Canaã). Canaã era filho de Sidom, o que nos mostra que havia aí sangue fenício.

2.Idade do Bronze Antiga.

Esse período foi marcado por sucessivas invasões de povos semíticos, que ocuparam a região da Palestina. Em cerca de 1.900 a.C.

Abraão representaria uma migração semítica para essa área. Tutmés III, do Egito (cerca de 1.408 a.C.) veio a dominar esta área. Esse domínio foi interrompido pelas invasões dos nômades habiru da Mesopotâmia, como também pelos poderes dominantes sucessivos dos amorreus, vindos do Líbano, e dos hititas, daAnatólia. A XIX Dinastia egípcia, porém, reconquistou a Palestina.

Os filisteus um dos povos do mar Egeu, tomaram conta das costas marítimas da Palestina. Os arameus estabeleceram-se na Palestina, vindos do deserto da Síria, que lhe fica ao norte. E o povo de Israel, ao libertar-se da servidão egípcia, fez uma grande excursão na Palestina, tornando-se então o povo predominante. Os estudiosos datam a conquista israelita entre 1500 a 1225 a.C., o mais tardar.

3.O Período dos Juízes.

Esse período tem sido datado entre 1400 até 1150 a.C., o mais tardar. Na época, os ganhos territoriais de Israel foram alternadamente desafiados e confirmados, enquanto os israelitas procuravam dominar os povos por eles conquistados, mas que se rebelavam. A fé dos hebreus consolidou-se em torno da adoração a Yahweh, embora com períodos de apostasia. Emergiu daí uma notável fé monoteísta, que estava destinada a exercer efeitos duradouros sobre a espiritualidade do mundo.

4.Os Reis de Israel.

O período dos juízes cedeu lugar aos reis, a começar por Saul. A monarquia adquiriu maior ímpeto com Davi e atingiu seu ponto culminante de glória com Salomão. A partir de então as datas podem ser fixadas com exatidão. A era áurea de Salomão fica entre 961 a 922 a.C. Nesse tempo, Israel atingiu o máximo de extensão territorial, e Salomão desfrutou de um período pacífico e próspero, que ele usou para impressionar os países em derredor. No entanto, após a sua morte, a unidade da viu-se quebrada, e o norte e o sul tornaram-se países distintos: Israel e Judá. Os artigos sobre Israel e Judá expõem detalhes completo sobre essa questão e sobre a história de ambas nações, até o final das mesmas. O tempo dos reis cobre as Idades do Ferro I, II e III. Depois disso, temos o período helenístico.

5.O Cativeiro Assírio.

A nação do norte, Israel (cuja capital era Samaria), chegou ao seu fim quando os assírios, sob as ordens de Sargão II, destruíram praticamente tudo ali, levando os sobreviventes para a Assíria. Isso ocorreu em cercade 721 a.C. Esse foi o fim da história do reino do norte, Israel. A moderna nação de Israel compõe-se, essencialmente de Judá, embora com os vetígios de todas as outras tribos. Senaqueribe, sucessor de Sargão, assaltou e reduziu Judá; mas aos babilônioscoube terminar a tarefa.

6.O Cativeiro Babilônico.

Nabucodonosor, rei da Babilônia, destruiu tudo quanto pôde em Judá, e deportou os sobreviventes para a Babilônia. Isso teve lugar em cerca de 587 a.C.

7.O Retorno de Judá e Jerusalém.

Um pequeno remanescente voltou a Jerusalém, começando cerca de cinqüenta anos depois da deportação para a Babilônia. Isso sucedeu quando a Pérsia controlava a região, pois os babilônios tinham sido derrotados definitivamente pelos persas. Ciro, o Grande, conquistara e anexara ao seu império tanto a Babilônia quanto a Palestina, ao seu já gigantesco império, em cerca de 539 a.C. Nos dias de Esdras e Neemias, a cidade de Jerusalém foi reconstruída e aadoração a Yahweh foi renovada. Um novo templo veio à existência, e o judaísmo conseguiu reequilibrar-se, após ter sido quase extinto.

8.Alexandre, o Grande, e os Monarcas Selêucidas.

Alexandre conquistou grande parte do mundo então conhecido e deixou que seus generais governassem as terras do império macedônico, após a sua morte. Foi ele quem expulsou os persas da Palestina, a qual, depois, passou a ser governada pelos ptolomeus, do Egito até198 a.C., e então pelos selêucida, da Mesopotâmia e do sul da Anatólia.

9.A Revolta dos Macabeus.

Em 168 a.C., Judas Macabeu e seus irmãos revoltaram-se contra o poder dos selêucidas. Antíoco IV Epifânio havia tentado helenizar o judaísmo, e isso criou mais agitação do que alguém seria capaz de controlar. A liberdade religiosa dos judeus foi obtida, após muito derramamento de sangue, em 164 a.C. Mas essa independência foi mantida apenas pelo espaço de setenta e nove anos.

10.A Era Romana.

As coisas desintegraram-se perigosamente sob os governantes macabeus, na Judéia. É que os macabeus haviam perdido a visão dos propósitos originais da revolução. E os romanos intervieram para impor a sua ordem. Pompeu ocupou a Palestina, em 63 a.C., e esta tornou-se um protetorado romano.

11.Herodes, o Grande.

Ele era um rei vassalo nativo, responsável diante do senado romano pela sua administração. Foi em sua época que nasceu o Senhor Jesus. E foi por causa de suas ameaças que a santa família precisou descer do Egito. Ele reinou sobre a Judéia de 37 a.C. a 4 d.C.

12.Os Procuradores Romanos.

Dificuldades administrativas logo tornaram necessário Roma governar a Palestina, mediante governadores ou procuradores. Isso significa que, doravante, Roma estaria governando a região diretamente. Os judeus, entretanto, ressentiam-se diante de qualquer forma de governo estrangeiro, sobretudo diante de um governo direto. E a revolta, que ocultava nos corações de todos os judeus, acabou vindo à tona. Os zelotes, desempenhavam um papel liderante nisso.

13.A Destruição do Ano 70 d.C.

Finalmente, foi mister que os romanos fizessem intervenção militar, a fim de controlar a rebelião. Sob as ordens de Tito ( que mais tarde veio a tornar-se imperador de Roma ), os exércitos romanos invadiram Jerusalém, executarama milhares de judeus e arrasaram até o nível do chão o magnificente templo de Herodes.

14.Destruição e Deportação.

Os rebeldes judeus conseguiram recuperar-se, e a rebelião ferveu de novo. Dessa vez, o imperador reinante, Adriano, precisou pôr fim definitivo à questão. Isso ocorreu em 132 d.C. Então ele começou a esvaziar a Palestina de judeus, dando início à Grande Dispersão, que se estendeu de 135 a 1920 d.C., quase dezoito séculos !!! A Jerusalém foi um nome pagão, Aelia Capitolina, e tornou-se uma colônia romana. Aos judeus foi proibido de se aproximarem da cidade da cidade, exceto em suas peregrinações. Os centros judaicos de erudição e cultura foram transferidos para lugares como a Galiléia, a Babilônia, a colônia norte-africana de Cairuan e a Península Ibérica.

15.Influência Bizantina-Cristã.

Quando o império romano metamorfoseou-se no império bizantino, e depois que Constantinopla tornou-se a sua nova capital (cristã), em 330 d.C., automaticamente a Palestina transformou-se em uma importante província cristã-bizantina, uma espécie de posto avançado da Igreja Católica oriental. Os patriarcas cristãos que então dominavam o cristianismo organizado eram Roma, Alexandria, Constantinopla, Antioquia e Jerusalém. Somente Roma ficava na parte ocidental do império; os outros quatro centros ficavam na porção desse império.

16.Assaltos Persas.

Em 614 d.C., Jerusalém foi saqueada pelos persas, e quase todos os habitantes dacidade foram deportados. Mas o imperador Heráclio encabeçou uma cruzada contra os persas e restaurou na Palestina o domínio cristão, em 628 d.C.

17.Assaltos Islâmicos.

A Palestina não conseguia descansar da guerra, e as invasões árabes se processaramdurante um longo período. O califa Omar I, conseguiu tomar Jerusalém, em 638 d.C., e a Palestina e a Síria viram-se separadas por longos séculosdo governo do império romano-bizantino. Foi edificada primeiramente a mesquita de el-Aksa, em Jerusalém; e então, no século VII, no local onde estivera o famoso templo de Jerusalém, foi construída a mesquita de Omar. Desde então, Jerusalém tem sido uma cidade sagrada para os judeus, para os cristãos e para os árabes.

18.O Domínio Muçulmano.

Esse domínio, foi representado por diversas dinastias, entre os séculos VII e XVI de nossa era. Várias cruzadas cristãs foram efetuadas entre os séculos XI e XIII d.C., na tentativa de recapturar Jerusalém. E o poder trocou de mãos por várias vezes, entre cristãos e islamitas.

19.Os Turcos Otomanos.

Pelos fins do século XVI, os turcos otomanos haviam conquistado todas as terras possuídas pelos árabes, no Oriente Próximo e Médio, incluindo a Palestina, que passaram a fazer parte do enorme império otomano.

Naturalmente, os turcos otomanos acabaram convertendo-se ao islamismo, o que significa que surgiu um novo estado islâmico composto por outra etnia. E quando os turcos otomanos capturaram o Egito, em 1517, eles também obtiveram o controle sobre Jerusalém, bem como sobre as cidades santas islâmicas de Meca e Medina. Durante quatro séculos, a Palestina permaneceusendo uma província de importância apenas relativa do império otomano. Napoleão tentou alterar essa situação em 1799, mas não obteve êxito.

20.Dos Fins do Século XIX à Primeira Grande Guerra.

Um movimento nacionalista árabe começou a tomar forma nas províncias árabes do império otomano, com extensões pela Síria-Líbano. Uma força opositora foi o Movimento Sionista Mundial, encabeçado por judeus, cuja finalidade era pôr novamente Israel na Palestina.

21.Durante a Primeira Grande Guerra.

Árabes e judeus colaboraram com os aliados, com o propósito de liberar a Palestina dos turcos. Em uma das pouquíssimas vezes que assim aconteceu na história, árabes e judeus estiveram combatendo lado a lado. Terminada a guerra, as forças aliadas, Inglaterra e França, foram as potências encarregadas de decidir o que fazer com a Palestina e as áreas adjacentes. Muitas promessas conflitantes foram feitas. Na porção costeira na Síria, a França sentiu-se na liberdade de estabelecer um centro administrativo que, finalmente,haveria de determinar seu estado. A Grã-Bretanha cabia exercer autoridade similar em outras áreas. Em novembro de 1917, um mês antes de Jerusalém capitular diante do Gen. Edmund Allenby, foi publicada a Declaração de Balfour, em Londres. Essa declaração prometia, da parte dos ingleses,( prometia um lar nacional para o povo judeu)na Palestina. Essa declaração incluía uma vaga previsão de que os direitos de outros povos interessados seriam salvaguardados. A vitória sobre o turcos foi alcançada no outono de 1917, e foi assinado um armistício, a 30 de outubro de 1918. Houve ainda mais combates, mas, finalmente, o mês de setembro de 1918 viu o fim do poder turco sobre a Palestina, ficando os ingleses encarregados de pôr o lugar em ordem. A parte estranha em tudo isso foi que os exércitos árabes mostraram ser aliados denodadose eficazes dos britânicos, nessas campanhas militares. Naturalmente, eles pensavamque a Palestina ficaria nas mãos deles. Os ingleses passaram a exercer o controle sobre a Palestina mediante um mandato da Liga das Nações. E os conflitos árabes-judeuscomeçaram terminada a Primeira Grande Guerra. A divisãodas terras palestinas entre árabes e judeus não deixouninguém feliz, provocando a contenda.

22. Imigrações Judaicas.

Os judeus começaram a retornar a sua terra, em cumprimento de antigas profecias bíblicas. Em 1935, mais de sessenta mil judeus voltaram à Terra Prometida. E os árabes começaram a agitar-se, pois viam o que estava acontecendo. Os judeus continuavam chegando de várias partes do mundo. Entre 1939 a1944, cem mil judeus chegaram à Palestina.

23.Segunda Guerra Mundial.

Foi durante esse período que o povo de Israel sofreu uma prova mais cruciante, desde os dias do cativeiro babilônico, especialmente na Europa, devido às perseguições nazistas, que ceifaram cerca de seis milhões de judeus, na mais séria tentativa moderna de extermínio de uma raça. Terminada a Segunda Guerra Mundial, porém, passado o pesadelo, grande massas de judeus retornaram à Palestina. Os conflitos continuaram, entretanto, em torno da problemática questão de como dividir as terras entre judeus e árabes palestinos. A influência norte-americana tem sido crítica; mas a questão parece estar longe de ser solucionada.

24.Estados Árabe e Judeu Independentes.

O mandato britânico chegou ao fim , e, a 14 de maio de 1948, as Nações Unidas aceitaram a declaração de independência do estado de Israel. Um grande acontecimento havia tido lugar, mais do que muitos políticos seculares ousaram perceber. Mas estou certo de que o presidente norte-americano, Harry Truman, um bom evangélico batista, sabia exatamente o que estava sucedendo. Israel era novamente, uma nação oficial, independente, e no seu próprio território da Palestina!!

A dispersão iniciada em 135 d.C., havia sido revertida. Os estudiososda Bíblia, ao redor do mundo, saltaram de alegria e admiração.Durante algum tempo, a Igreja cristã foi varrida em todas as direções por um zelo profético. Os clamores dos céticos, que diziam que os judeus haviam produzido em auto cumprimento das profecias,soavam ridículos. Os judeus praticamente não haviam exercido controle sobre os poderes em entrechoque, que tornaram tudo aquilo possível exceto que eles se agitavam por detrás dos bastidores. E foi o exército britânico quem armou o palco para essa vitória!

Entretanto, as atividades terroristas dos árabes palestinos nunca cessaram. Forças das Nações Unidas foram enviadas ao local dos conflitos, tentando controlar a situação, mas parece que coisa alguma se tem mostrado eficaz.

25.Guerra dos Seis Dias.

Tal como nos dias da antiguidade, várias nações circunvizinhas aliaram-se contra Israel. Mas, a 5 de junho de 1967, Israel atacou seus adversários; e em apenas seis dias foi capaz de esmagar as forças combinadas do Egito, da Jordânia e da Síria. Isso deu a Israel a oportunidade de tomar conta da parte antiga de Jerusalém, com a área do templo, juntamente com outros territórios, aumentando substancialmente os territórios ocupados por Israel na Palestina.

26.Uma Previsão Profética.

Finalmente, Israel haverá de triunfar em sua luta. Porém, dias negríssimos estão à sua espera. A Terceira Guerra Mundial verá a Rússia e seus satélites invadirem Israel, somente para serem derrotados pelas forças aliadas do Ocidente. Quando a sobrevivência de Israel estiver muito ameaçada, Jesus será visto em forma corpórea entre as forças de Israel, e a maré virará ao contrário. A intervenção divina terá lugar, e Israel proclamar-se-á uma nação cristã. Uma outra guerra mundial (a quarta), terá de ferir-se. A China será o poder opositor, e os Estados Unidos da América e a União Soviética novamente se aliarão. Nessa quarta guerra o mundo será reduzido a cinzas, e então a Fênix-Israel levantará a cabeça entre as nações. Seguir-se á o milênio.Então, Jerusalém tornar-se-á a capital religiosa e política do mundo, e um novo cristianismo produzirá.



4.CLIMA, FLORA E FAUNA.

A terra de Israel, embora tão minúscula, é bastante diversificada, com as montanhas, vales e desertos. E o resultado disso é que o clima também é muito variável. O Monte Hermom, com seus 3050m. de altitude, ficacoberto de neve do cimo. Dali o terreno desce sob aformade uma garganta até 393 m. abaixo do nível do mar. Mas há também um quentíssimodeserto. Na região montanhosa, as temperaturas são modificadas, e de outubro a abril, os ventos ocidentais carregam chuvas torrenciais. Porém, ventos que sopram do deserto trazem um calor tórrido. A grosso modo, podemos falar em duas estações durante o ano: o inverno, que é chuvoso e úmido ( de novembro a abril ) e o verão que é quente e sem chuvas ( de maio a outubro ).

A Palestina jaz à margemde um dos grandes desertos do mundo, o qual se faz sentir por meio de ventos secos e poeirentos. O deserto vai descendo na direção do mar, e então há uma área úmida com cerca de cem quilômetros de largura. O vale do Jordão, com suas baixas altitudes, torna-se quase insuportavelmente quentedurante os meses de verão; mas, durante o inverno, é delicioso, parecido com o sul do estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, ou com outros lugares de clima semitropical. A porção leste da garganta do Jordão praticamente desconhece chuva. Assim, o clima da Palestina é mais variado do que qualquer outra área do mundo em dimensões similares.

1.Flora e Fauna.

Há três regiões florais distintas na Palestina:

ªOeste ( área do Mediterrâneo ), um lugar dotado de árvores, arbustos de folhagem perene, muitas flores e prados. Amendoeiras, oliveiras, figueiras, amoreiras e videiras medram nessa faixa.

ªO valo do Jordão é subtropical, com muitas espécies de árvores, palmeiras, sicômoros, figueiras, carvalhos, nozes, pêras, álamos, salgueiros, acácias, oliveiras, bravas, mostarda, etc. Há muitas e variegadas espécies de flores.

ªO deserto ( sul ). O Neguebe e a área de Berseba têm poucas árvores eum mínimo de vegetação. Há, contudo, arbustos, anãos, alho, junipeiro e alguma vegetação desértica típica, com muitos tipos de flores selvagens.

Quanto à fauna, há animais de porte médio, como o gato do mato, o gato selvagem, a hiena listrada, o lobo, o mangusto, o chacal e algumas espécies de raposas. Os animais de porte pequeno incluem o morcego, muitas espécies de pássaros, a pomba, o corvo, a coruja, a avestruz, a cegonha, a garça, o ganso selvagem, a perdiz, a codorna e muitas outras. Cerca de cem espécies de aves habitam na Palestina como residentes ou passam por ali, em suas arribações. Atualmente, é raro o aparecimento de espécies como o leopardo, o urso sírio e o crocodilo.

Os peixes ocorrem em grande variedade, nos rios e no lago da Galiléia. Há cobras, quase todas elas não-venenosas; abundantes também são os cágados, o camaleão, o lagarto e os escorpiões, etc.

5.A OCUPAÇÃO HUMANA.

Alguma forma de vida urbana já existia na Palestina desde nada menos de cerca de 8000 a.C., conforme a Arqueologia tem sido capaz de demonstrar até agora. O vale do Jordão vem sendo habitado desde a pré-história remota. Cerca de setenta lugares dali datam de antes de 5000 a.C. A planície costeira, ao sul do Carmelo, tem contado com povoações desde tempos pré-históricos. Porém um pouco para o norte, no vale de Sarom e na Alta da Galiléia, antes havia densas florestas, que limitavam bastante a ocupaçãohumana. Entretanto, na Baixa Galiléia e Samaria, as evidências dão conta de uma ocupação humana generalizada. A parte que fica ao sul de Jerusalém não era uma área favorável, devido a condições climáticas. Na Transjordânia, a arqueologia tem desenterrado grandes fortalezas, como as de Petra, Bozra e Tofé. Cidades importantes desenvolveram-se ao longo das rotas comerciais. Entre elas podemos citar Berseba, Hebrom, Jerusalém, Betel, Siquém, Samaria, Megido, Bete-Seã e Hazor.

6.SUPRIMENTO DE ÁGUA E AGRICULTURA.

O Nilo faz o Egito ser o que é. Sem esse rio, aquele território seria desértico, um ermo por onde somente os nômades passariam. A água é fonte de vida. Na Palestina, há áreas onde as chuvas são abundantes durante os meses de inverno. Mas, no verão, as chuvas rareiam. E isso exigiu a criação de um sistema de cisternas e de irrigação. Por isso mesmo, uma fonte de água sempre foi de capital importância na Palestina. A palavra hebraicaain (fonte), aparece em combinação com setenta nomes locativos na Palestina. Bir , (poço) é uma outra palavra hebraica que aparece em combinação com cerca de sessenta nomes locativos. O Jordão é o único verdadeiro rio daPalestina; mas seus modestos tributários também são uma importante fonte de água potável. Há muitos ribeiros alimentados pelas águas derretidas das neves; esses, naturalmente, produzem água por algum tempo, mas logo secam quando o clima muda, e então no lugar dos mesmos nada mais resta senão wadis.A intervenção da argamassa permitiu a instalação de cisternas. Em cerca de 1300 a.C., já se usava largamente as cisternas. As pessoas que vivem em área desérticas ou nas proximidades, sabem a supremaimportância da água armazenada. Naturalmente, hoje emusam-se grandes reservatórios. Mas o método humilde de armazenar água, na antiga nação de Israel, era o uso de cisternas. E esse foi um importante fator na rápida colonização das terras altas da Judéia. Apesar das cisternas praticamente em nada contribuíram para a irrigação, certamente facilitou a criação de gado, pelo que também em grande parte das riquezas da Palestina girava em torno de animais domesticados. Além das cisternas, existia também reservatórios primitivos. A necessidade de água chegou mesmo a ser uma lição moral, pois existe tal coisa como a água espiritual, bem como as necessidades espirituais da alma humana, que podem ressecar-se devido à sede espiritual. Assim, viver perto de águas vivas (ou correntes), constituíauma grande vantagem. E ter acesso às águas vivas espirituais é aquilo de que precisa a alma sedenta.

A agricultura depende de água de modo absoluto. Isso posto, em qualquer região onde inexistem bons sistemas de reservatórios de água, um bom regime pluvial é essencial à vida das plantas, dos animais e dos seres humanos. A população rural da Palestina central, consistia em pequenos proprietários de terras. A cevada era mais importante do que o trigo, na Palestina, porque podia ser cultivada com pouca chuva, o que já não sucede no caso do trigo. Além desse produto, muito importante era o cultivo de videira e da oliveira. A videiramedrava principalmente na área do Carmelo, enquanto que a oliveira era plantada principalmente na Galiléia e no território de Efraim. A seca, porém, trazia o endividamento e a servidão, com seu labor servil e forçado. A vida pastoril era uma atividade proeminente na Transjordânia e no Neguebe. Os poços artificiais, e alguns poucos oásis permitiam uma agricultura muito limitada no deserto e em certas áreas desérticas.

7.REGIÕES E DIVISÕES.

1.Regiões.

Até mesmo um país pequeno como é o caso da Palestina, se tiver uma natureza variegada (como é o caso dali), pode ser dividido em regiões e sub-regiões, pelo que aquilo que aqui dizemos está sujeito a revisões e objeções. Não obstante, na Palestina há algumas regiões naturais obvias, que se pode mencionar. Falando em termos bem genéricos, temos a Palestina as seguintes regiões naturais: a) a planície costeira, b) a região montanhosa central, c) a garganta do rio Jordão, d) o platô da Transjordânia, e) o deserto.

A Planície Costeira. Essa planície estende-se por cerca de centoe noventa quilômetros, desde as fronteiras do Líbano até Gaz. O monte Carmelo interrompe esse tipo de paisagem, no norte. Ao norte, do mesmo fica a planície de Aser, que se estende por quarenta quilômetros até a antiga Escada de Tiro. Nesse local, as colinas da Galiléia chegam até bem perto das costasmarítimas. Para suleste fica o vale de Jezreel e a planície de Esdrelom. Amplia-se por cerca de quarenta e oito quilômetros, para o interior, tendo apenas dezenove quilômetros de largura, em seu trecho mais amplo. Uma estrada importante passava por ali, ligando o Egito a Damasco, na Síria. Várias cidades importantes achavam-se ao longo dessa rota, como Megido, Bete-Seã e Jezreel.Ao sul do monte Carmelo fica a planície de Sarom. Cinco notáveis cidades filistéias existiam ali: Ecrom, Asdode, Asquelom, Gate e Gaza. Mais para leste ficava a Sefelá, uma espécie de zona tampão entre Israel e os filisteus. Nos tempos antigos, as colinas da região eram densamente arborizadas, principalmente com sicômoros.

A Região Montanhosa Central. Essa região cobre cerca de trezentos e vinte quilômetros, desde o norte da Galiléia até o Sinai. Muitas formações montanhosas juntam-se para formar uma espécie de baixa serra montanhosa. Temos aí o coração geográfico de Israel. A região montanhosa eleva-se a um pouco mais que 900 m. de altitude, em seu ponto mais elevado, em Hebrom. A oeste, o declive das colinas , na direção do Mediterrâneo é suave. A leste, a descida na direção do vale do Jordão é mais abrupta. As terras dessa área não são muito férteis, e dependem de fontes e poços, para irrigação; mas grande parte da região é desértica. As colinas em torno da Judéia formam uma massa compacta, o que facilitava a defesa militar da região. Ao norte de Jerusalém ficam as colinas do território de Efraim, bastião de defesa do reino do norte, Israel. Trata-se de uma espécie de planalto dissecado, com cumes isolados, como os montes Gerizim e Ebal. Termina ao norte com o monte Gilboa, onde acaba o coração geográfico da Palestina. As colinas dessa área são bastante modestas. Ali ficava, localizadas cidades como Gibeá, Salém, Siquém e Sicar. Ao norte da planície de Esdrelom espraia-se a Galiléia, dividida naturalmente em BaixaGaliléia, (ao sul) e Alta Galiléia (ao norte). Ali as colinas elevam-se a nada menos de 900 m. de altitude, abrigando certo número de bacias. Essa área é excelente para as lides agrícolas. O monte Carmelo eleva-se ligeiramente mais de 600 m., mas está situado em uma região circunvizinha de baixa altitude, já perto do mar. Por isso mesmo, forma uma elevação impressionante, apesar de não estar em grande altura. A serra do Carmelo tem apenas cerca de oito quilômetros de largura, embora chegue mesmo a interromper a planície costeira, dividindo-a emplanície da Filístia e planície de Sarom, separadas das terras costeiras estreitas da Fenícia. E a serra do Carmelo também forma uma barreira entre a planície de Sarom e a planície de Esdrelom, ficando assim de través da histórica rota comercial entre o Egito e a Mesopotâmia.

A Garganta do Rio Jordão.Esse vale, é uma falha geológica natural, estende-se por cerca de cem quilômetros, quase cortando a Palestina ao meio. Ao norte temos os lagos de Hulé e da Galiléia, com colinas laterais, notavelmente o monte Hermom em cuja área o rio Jordão tem sua cabeceiras. As águas desse rio cortaram rochas basálticas que em tempos imemoriais bloqueavam a grande depressão que começa daí por diante. Uma garganta foi formada no caminho para o mar da Galiléia, que fica a 183 m. abaixo do nível do mar. Não muito abaixo, em seu curso, o rio Iarmuque aumenta as águas do Jordão. Abaixo disso, o valealarga-se, à medida que o rio desce para o mar Morto. Entre o mar da Galiléia e o mar Morto, ficam a planície de Bete-Hã e o vale do rio Jordão. O que sucede nesse vale é que as colinas da região precipitam-se abruptamente até àquilo que não é tanto uma vale, mas um grande buraco na superfície da terra. Às margens do mar Morto, a elevação é de 375 m. abaixo do nível do mar; e ofundo desse mar fica a771 m. abaixo do nível do mar, tornando-o o lugar de maior depressão à face do planeta. Isso posto, o grande buraco natural contra as duas grandes massas de água: o mar da Galiléia, ao norte, e o mar Morto, ao sul. E o largo vale da Arabá (que fica ao sul do mar Morto) resulta de uma falha geológica disfarçada. Tudo isso faz parte de um sistema ainda maior de falhas geológicas naturais, que atravessam o Oriente Próximo e penetra até certo ponto do continente africano. A Arabá estende-se por cerca de cento e sessenta quilômetros até chegar ao golfo de Ácaba ondea área plenodeserto.

O Platô da Transjordânia: A leste do rio Jordão, elevam-se colinas, formando uma cadeia que segue a direção norte-sul. Nesse lado, a paisagem é bastante diferente do que no lado ocidental. Conforme têmdito alguns estudiosos, a paisagem é “muito outra”. A história mostra-nos que os habitantes dessa área oriental também eram bastante diferentes em sua aparência e expressão. No começo da história de Israel, foi ocupada pelas duas tribos e meia do leste do Jordão. Para o norte, temos a Galiléia; para o sul, Moabe, que se estende até um pouco abaixo do Mar Morto. Os montes formam um estreito cinturão de colinas, bem irrigadas. Esse cinturão, varia entre65 e 80 quilômetros de largura, jazendo entre o deserto, na Gor ( para oeste ), e o deserto da Arábia ( ao leste ). Os picos mais elevados ficam a oeste, dando frente parao vale do Jordão. Em Gileade, os montes e suas florestas eram quase tão proverbiais quanto os cedros do Líbano. Nessas florestas era produzido o famoso bálsamo de Gileade. Pastos frutíferos tornaram-se a possessão das tribos de Rúben e Gade. Ao sul de Gileade ficava Moabe. Ainda mais para o sul ficava Edom. O que ali predomina é uma espécie de longa e estreita faixa de terras bem irrigadas, que formam uma espécie de tampão que separa o resto do território do temível deserto, mais para o oriente. Essa área, sempre representou uma ameaça para o povo de Israel.Ali houve muitos conflitos e muitas trocas de terras. Na época de Salomão, toda a região acabou sob o controle rígido de Israel; mas essa situação não perdurou por longo tempo.

O Deserto:As regiões adjacentes a Israel eram o Líbano, nas costas marítimas, a oeste da Síria, no extremo norte do território de Israel. A oriente ficava o grande deserto da Arábia. Para oriente das montanhas do Líbano fica o oásis de Damasco, em meio a uma região essencialmente desértica, o que já fica no canto nordeste da Palestina. Essa área servia de portão de entrada para forças invasoras. Para leste, além da Transjordânia, o deserto é muito vasto, servindo de fronteira da Palestina, ao longo de seu costado oriental. Essa área, que em eras remotas foi local de regular atividade vulcânica, é desolada e selvática, com muitas cavernas e elevações estéreis. Servia de abrigo para os fora-da-lei e para os grupos minoritários. Alguns poucos corajoso nômades trafegavam por ali. Ao sul da Palestina, havia mais desertos. Esse deserto, servia de limite da Judéia ao sul e suleste. Tribos do deserto vagueavam por ali, e vez por outra atuavam com hostilidade, invadindo Judá. O povo de Israel nunca conseguiu manter um bom controle sobre as terras ao sul de Berseba. Somente por breves períodos o Neguebe esteve sob domínio de Israel. Edom tinha nessa região predomínio muito maior. As terras prometidas a Abraão, estendiam-se do rio Nilo ao rio Eufrates, envolvendo essa área sulista; mas os israelitas nunca tornaram isso uma realidade palpável.

2.Divisões.

Três principais períodos históricos proveram divisões políticas da área do mundo: a) entre os tempos patriarcais de Moisés; b) a invasão da Palestina, após a saída de Israel do Egito; c) a Palestina na época de Jesus, sob domínio romano.

As palavras escritas em letras graúdas representam os reinos que Israel encontrou quando invadiu a Palestina, no século XIII a.C. Os nomes em letras menores, indicam a localização das tribos de Israel, depois que todo o território foi dividido entre elas. Em letras ainda de corpo menor, há alguns poucos nomes locativos, a fim de que o leitor possa localizar mais facilmente certos detalhes. O território da Palestina, na época de Jesus, quando herodes era o rei vassalo que governava a Judéia, e daí até o ano 30 d.C.

8.ARQUEOLOGIA.

A despeito de suas minúsculas dimensões, o território da Palestina é aquele que mais intensamente tem sido vasculhado pelas explorações arqueológicas. Essa ciência moderna tem conseguido confirmar a existência de mais de cinqüenta do antigos monarcas de Israel.Locais pré-históricos têm sido desenterrados (entre 4500 e 3000 a.C., ou seja, a era calcolítica). Primitivas culturas palestinas, como aquela de Teleilat Ghassul, ao norte do Mar Morto (perto de Jericó), têm sido regularmente elucidadas. As casas de tijolos de barro eram humildes, embora ricamente adornadas com pinturas murais e outros labores artísticos. Algumas surpreendentes pinturas afresco têm sobrevivido até hoje, provenientes,daquele remoto período. A idade do Bronze Média, biblicamente considerada teve início na Palestina, com a chegada de Abraão na Terra Prometida. Na época, a região era densamente arborizada, embora esparsamente habitada. Têm sido descobertas muitas evidências arqueológicas ilustrando a era dos patriarcas, que tendem por confirmar muitos detalhes do relato bíblico. acerca dos quais os céticos expressam dúvidas.Uma notável característica desse período eram as cidades fortificadas, dotadas de altas muralhas, valados e construções gigantescas, cujo intuito era desencorajar os invasores. A idade do Bronze Moderna, do ponto de vista bíblico é muito importante porque foi nesse período que a Palestina foi invadida pelos israelitas, vindos do Egito. A data mais recuada desse evento, calculada pelos estudiosos, é cerca de 1400 a.C., e 1300 a.C. o mais tardar. É realmente admirável o quanto os arqueólogos têm podido recuperar dessa época, incluindo o altar de Josué. Muitas cidades e povoados, mencionados em conexão com essa invasão, têm sido desenterrados pela arqueologia. Assim, sabemos agora que Jericó foi edificada sobre o mesmo local onde já tinham existido outras três cidades. A quarta cidade oi aquela que ruiu diante de Josué. Ai, Betel e Laquis foram conquistadas pelos israelitas; e estão entre lugares escavados pela arqueologia moderna. As descobertas arqueológicas são por demais numerosas para serem aqui mencionadas .

9.USOS FIGURADOS.

A Palestina arrebata e galvaniza a imaginação de homens do mundo inteiro, apesar de ser tão pequena. Judeus, cristãos e árabes cultos sabem tanto acerca dessa região que ela é, praticamente, uma segundapátria de todos eles, embora eles mesmos estejam dispersos pela face do planeta.Até os filhos pequenos de famílias evangélicas sabem muita coisa sobre a Palestina, com sua história e monumentos. A Igreja Católica Romana está começando a despertar para a necessidade de ensinaràs massas populares, cada vez menos satisfeitas com as informações parciais e dosadas que lhes são um povo que segueum livro sagrado, o Alcorão; e grande parte do mesmo está alicerçada sobre o Antigo e Novo Testamentos. Eles mantêm um controle sobre a área onde os patriarcashebreus foram sepultados. Portanto, é apenas natural que a Palestina tenha adquirido certas significações simbólicas.

1.A conquista da Terra Santa, por parte de Israel, veio a representar qualquer empreendimentonobre o inspirador. Israel precisava pôr os pés sobre a Terra Prometida, onde puseram os pés, a terra tornou-se deles. Ainda recentemente, os israelitas marcharam sobre os territórios ocupados, em um gesto simbólico, invocando Deus como testemunha, para que confirmasse os ganhos deles na Palestina. Essa conquistaterritorial também pode simbolizar a obtenção da vida eterna, que segue à escravidão ao pecado.

2.De Dã a Berseba indicava a extensão da Palestina conquistada, de norte a sul, pelo que também veio a representar a gama inteira de alguma coisa.

3.A travessia do Rio Jordão aponta para a transição da morte física, que nos conduz a uma vida superior, celestial.

4.Sião é metáfora de qualquer centro de empreendimento espiritual. Os mórmons chamam a cidade de Salt Lake de Sião, por ser o centro da atividade e da cultura deles. Sião também simboliza a habitação de Deus, e, por extensão, os céus que os crentes antecipam.

5.A dispersão, representa os recuos ocasionados pelo juízo divino. E o retorno de Judá, representa os resultados do arrependimento e da restauração. E uma outra maneira de expressar a idéia são os contra-ataquesdo reino, após alguma derrota.

6.As instituições hebréias são emblemas dos ofícios e realizaçõesde Cristo. Isso constitui a essência da mensagem da epístola aos Hebreus, no Novo Testamento.

7. As peregrinações dos patriarcas, que buscavam uma cidade melhor, falam acerca da nossa peregrinação terrestre, que haverá de terminar quando formos cidadãos dos céus.

8.Os quarenta anos de vagueação pelo deserto, simbolizam aqueles que hesitam e que não entram na posse imediata de seus direitos espirituais, ou que deixam de cumprir os seus elevados propósitos, por serem por demais preguiçosos ou temerosos.





BIBLIOGRAFIA

*Enciclopédia Bíblica de Teologia e Filosofia

*Bíblia Shedd

*Bíblia Thompson

No comments: